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Ser mãe no século XXI e as diferentes experiências de maternidade são temas atuais de diversos meios de comunicação, e ser mãe expatriada é uma tarefa com uma carga emocional ainda mais pesada. Nós nos apaixonamos por um país e por um futuro que sonhávamos, mas depois dos nascimentos dos filhos, está cada vez mais claro o preço daquele sonho. Entre muitas conversas, nos questionamos: será que dou conta? Essa é uma pergunta que nós fazemos todos os dias, pois não ter uma vida social, viver para cuidar dos filhos, da casa e do marido não é fácil.
Sabemos que ser mãe é a nossa grande experiência para toda a vida, uma experiência que nos endurece. Tudo que vivemos até então é abandonado, muitas coisas temos que abandonar, enquanto muitas outras virão. E assim encaramos o incerto e vamos renascendo. Morando em um outro país, somos imergidos em uma nova cultura, temos que aprender como funciona o sistema, seja o de saúde, o educacional e até mesmo como devemos nos comportar diante da sociedade que escolhemos para chamar de nossa.
Não é fácil ser imigrante, e ser mãe estrangeira é ainda mais difícil. É um sentimento muito profundo de solidão e não pertencimento quando escolhemos um país diferente do nosso em todos os aspectos para exercer a nossa maternidade, principalmente quando não se tem nenhum vínculo “afetivo” com o país escolhido.
Mas a reflexão que eu faço é: não é preciso sofrer. A magia do negócio está em não se vitimizar, em saber que é duro, mas possível. Que é difícil, mas é uma oportunidade. Que é sofrido, mas é para poucos.
Se você está passando por esse perrengue eu te digo: se sentir vontade de chorar, chore, chore sem culpa. Saiba que você tem sorte em poder vivenciar essa experiência chamada maternidade, mas saiba também que nem sempre ela será um mar de rosas!
Você e eu, nós, sim, nós daremos conta! E muito mais até! Pode até ser que você endureça mais um pouco ao longo da jornada, mas como já dizia minha avó: depois da tempestade vem a calmaria. O que era difícil passa a ser normal, e no futuro seremos eternamente gratas pela entrega e dedicação que estamos cultivando hoje.
É preciso inventar e se reinventar todos os dias. E lembre-se! Você dá conta sim.